O filme “O Vaqueiro Voador” de Manfredo Caldas revela fatos ocorridos durante a construção de Brasília. São relatos de pioneiros que vivenciaram as dificuldades e tragédias para a construção da cidade que em 21 de abril completou 50 anos.
Não se sabe exatamente quantos operários caíram do alto desses prédios que atualmente abrigam ministérios, congresso, tribunais. Muitos foram enterrados em valas, cobertos com o concreto que hoje pisamos.
O tal 28, como era chamado o atual Congresso Nacional, foi a obra que contabilizou o maior número de mortes.
O fim do dia de trabalho para esses operários era sempre uma incógnita. É o que relata um pioneiro, personagem do filme: “Entrava no serviço sete horas, quando era nove, dez horas já tava morto. Morreu gente demais. Nossa Senhora! Deus me livre! Uma tristeza!” Foi usado um método diferente na construção desse prédio. Ao invés de levantar andar por andar, a estrutura metálica foi erguida de uma só vez até o 28º pavimento.
Os operários não tinham descanso, trabalhavam nos fins de semana e varavam noites. Sem segurança, o serviço não podia parar. “Foi uma tristeza! As obras aqui em Brasília foi o pior serviço que já deu pra todo mundo.” É o que conta outro personagem do filme.
O objetivo do filme é mostrar uma face de Brasília que não é mostrada.
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